sexta-feira, 31 de maio de 2013

DEZ "SOLUÇÕES PARA REDUZIR O TRÂNSITO": VOCÊ APROVA EXISTIREM NA SUA CIDADE?

Dez soluções para reduzir o trânsito

O livro Sorria, Você está Engarrafado aponta medidas adotadas por outras megalópoles para melhorar o trânsito. Você aprova?


Uma fila de carros que começaria no Rio e terminaria em Porto Alegre é o espaço ocupado pelo aumento de 30% da frota de veículos na cidade nos últimos dez anos. São 424 mil carros a mais que, ao sinal verde, reduzem a esperança de vermos automóveis deslizando livremente pela pista. Você sabia que o prejuízo anual sofrido pelos cariocas com o engarrafamento é de 3,7 bilhões de reais por ano, segundo cálculos do economista do Ibmec-RJ, Gilberto Braga? No livro Sorria, você está engarrafado, além de propor ideias divertidas para se distrair no trânsito do Rio - como comer biscoito Globo sem sujar o carro -, o médico carioca Mário Márcio aponta medidas adotadas por outras megacidades para melhorar a mobilidade urbana. Que sirva de inspiração para a nossa.

1 - Pedágio urbano: algumas metrópoles europeias como Londres, Oslo e Milão cobram tarifas de carros que circulam no centro da cidade. Os recursos arrecadados são investidos na melhora do transporte público. Em Londres, onde se cobra o equivalente a 35 reais por dia dos motoristas que utilizam as ruas do centro das 7h às 18h, a medida reduziu em 30% os veículos na região. Em Cingapura, o pedágio fez o uso de ônibus crescer 15% e o engarrafamento reduzir em 40%. No Brasil, a prefeitura de São Paulo já pretende implantar um pedágio nas avenidas marginais da cidade para reduzir o tráfego e aumentar a arrecadação municipal.

2 - Desmotorização: americanos e europeus estão aprendendo a viver sem carro com soluções simples. Em Manhattan, não há estacionamentos. Em Munique, na Alemanha, novos prédios só podem ser construídos sem garagem. Medidas como essas têm estimulado investimentos em transporte público de qualidade.

3 - Sistema de cotas: em Cingapura, há um limite de número de carros por família e cada licença pode chegar a custar 21 mil reais. Hoje, menos de 30% das famílias possuem carros.

4 - Vias e faixas exclusivas: Curitiba e Bogotá, na Colômbia, são exemplos de cidades que priorizam o transporte público a favor da qualidade de vida. Corredores exclusivos, que começaram a ser implementados lentamente no Rio, e ônibus de alta tecnologia atraíram a população que passou a usar carro para as horas de lazer e o transporte coletivo para o dia a dia de trabalho.

5 - Recuperação de ferrovias existentes e construção de novas: o transporte rodoviário que predomina no Brasil é um modelo urbano condenado em países ricos como Estados Unidos. Sobre pneus, a cidade se expande em baixa densidade, com crescente exigência de novas vias. Mais pistas, mais congestionamentos, mais poluição, maiores custos de infraestrutura e gestão. É fundamental investir no transporte sobre trilhos.

6 - Construção e manutenção de ciclovias, educação no trânsito e segurança: temos, no Rio, a maior malha de ciclovias do Brasil e a segunda maior da América do Sul, com 235 quilômetros, perdendo apenas para Bogotá, na Colômbia. Mas a má conservação das pistas, o trânsito feroz e o perigo de assalto são alguns dos obstáculos enfrentados pelos ciclistas na cidade. Enquanto isso, tanto em Copenhague, na Dinamarca, como em Amsterdã, na Holanda, programas governamentais estimulam desde cedo a prática do ciclismo, o respeito às regras de circulação e a convivência pacífica nas ruas.

7 - Criação de transporte hidroviário: algumas experiências já foram feitas ligando a Barra à praça XV. Na primeira viagem de teste, os tripulantes ficaram nauseados e nunca mais se ouviu falar sobre este tipo de transporte.

8 - Implantação de sinais inteligentes: tratam-se de semáforos que mudam o tempo entre o vermelho e o verde eletronicamente, de acordo com o fluxo momentâneo de veículos.

9 - Criação de multa positiva: em horários e locais pré-estabelecidos, o motorista que estiver circulando com menos passageiros do que o permitido é multado - um estímulo à carona solidária e à redução do número de carros em circulação. Na Coreia do Sul, desde 1996, a capital Seul cobra o equivalente a 4,80 reais de carros que passam por duas de suas avenidas com menos de dois passageiros. Resultado: a quantidade de veículos caiu 34% e a velocidade subiu 10 Km/h.

10 - Incentivos fiscais:
um alemão interessado em obter a carteira de habilitação para dirigir é obrigado a pagar uma taxa de quase 2 mil euros, o equivalente a 4 450 reais. Além disso, impostos sobre a compra de automóveis, taxas de registro e de estacionamento são propositalmente elevados.

FINLÂNDIA: EXEMPLO DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

Como a Finlândia tornou-se exemplo de qualidade na Educação


Com um dos melhores sistemas de Educação do mundo, a Finlândia destaca-se por ocupar as primeiras posições nos principais rankings mundiais de análise da área, como o Programme for International Student Assessment – PISA e o Índice de Educação Global, da Organização das Nações Unidas – ONU. O segredo para se obter tais resultados é simples: “Educação faz parte da nossa cultura”, afirmou a diretora do Ministério da Educação e Cultura do país, Jaana Palojärvi, durante o Seminário Internacional sobre o Sistema Educacional da Finlândia.
O evento, realizado na última quinta-feira (23), reuniu representantes da educação finlandesa no Colégio Rio Branco, em São Paulo. A proposta era dar ensejo ao debate sobre a qualidade do ensino e a importância de inovar na educação básica e na superior. Palojärvi mostrou, de maneira geral, como funciona o sistema de ensino na Finlândia e afirmou que “é possível revolucionar o ensino de um país em algumas décadas”. É o que o país fez e continua fazendo desde 1970. “Há 40 anos, mudamos completamente o sistema de Educação. O nosso foco é oferecer ensino de qualidade gratuito a todos”, disse.
Para tanto, o governo finlandês destina 6% de seu Produto Interno Bruto – PIB à Educação. “Não sai tão caro para o país. Por isso, melhorar a qualidade de ensino não tem a ver necessariamente com investimento. É uma questão de organização, saber em que investir, nas reais necessidades do país”, comentou. Apenas 2% das instituições de ensino finlandesas são particulares, e mesmo estas são subsidiadas pelo governo.
Além disso, segundo a diretora, o padrão de ensino é o mesmo em todas as escolas e, por isso, as crianças passam a frequentar a instituição do bairro, que está mais próxima de onde elas vivem. “Cada escola é livre para criar seu próprio material de ensino. Isso faz toda a diferença, já que motiva os professores e incentiva novos modos de ensino, que acomodam as necessidades de cada criança”, explicou.
Valorização do professor
Na Finlândia, a carreira do professor é uma das mais populares. “Isso acontece porque o professor é bem preparado. Ele precisa ser graduado e ter um mestrado. Passa ainda por treinamento específico para dar aulas e tem plano de carreira. Por isso, ele tem autonomia para definir as práticas pedagógicas que vai usar em sala de aula”, explicou. Para o governo finlandês, isso estimula o professor a inovar e torna a profissão mais inspiradora.
Foco no aluno
O país não tem escolas de período integral. Segundo Palojärvi, “a qualidade do ensino existe na sala de aula, e isso se alcança com bons professores”. A criança só deve ingressar no sistema básico de educação aos sete anos de idade, onde permanece ao longo de nove anos. “Nós acreditamos que nossas crianças têm de ser crianças. Elas não têm de aprender a ler ou escrever antes dessa idade”, explicou a diretora.
O foco dos professores não é nos alunos que apresentam os melhores resultados na escola. “Pelo contrário, os professores tentam identificar aqueles que podem ter problemas, para conseguir mantê-los no sistema”, relatou. Os modelos pedagógicos sustentam diferentes estilos de ensino. “Existem crianças mais visuais, outras aprendem melhor com música, outras podem usar as mãos para compreender um novo conceito, entre outros”.
A tecnologia não é supervalorizada na Finlândia. Palojärvi conta que, embora os professores usem novos recursos tecnológicos, eles não são tão importantes. “São só ferramentas, não são o conteúdo, que é a chave de tudo”, ressaltou.
Para Marja Makarow, vice-presidente da Academia Finlandesa, o segredo da Finlândia para se destacar na área é basear-se no conhecimento, não no lucro. “Conseguimos gerar dinheiro por meio da educação. Na crise econômica que enfrentamos nos anos 1990, não cortamos o investimento na educação. Em menos de 10 anos, tivemos uma melhora explosiva na economia”, declarou. Kitte Marttinen, gerente de pesquisa da Haaga-Helia University of Applied Sciences, concluiu dizendo que “não é um milagre chegar a uma Educação de qualidade, é o resultado de um esforço contínuo da nação”.
Por Luana Costa / Blog Educação

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PARTICIPAÇÃO NA CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO - ETAPA MUNICIPAL




Fortaleza (CE) discute mais uma vez educação
A Conferência Nacional de Educação (CONAE) é um espaço democrático aberto pelo Poder Público e articulado com a sociedade para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional.
A segunda edição da CONAE será realizada de 17 a 21 de fevereiro de 2014, em Brasília, e terá como tema central, conforme prevê o Documento-Referência, O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração.
Convocada pela Portaria n.º 1.410, de 03 de dezembro de 2012, a CONAE/2014 possui caráter deliberativo e apresentará um conjunto de propostas que subsidiará a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), indicando responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições concorrentes, complementares e colaborativas entre os entes federados e os sistemas de ensino.
As conferências nacionais de educação são coordenadas pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), conforme estabelece a Portaria MEC n° 1407, de 14 de dezembro de 2010.
A CONAE/2014 é precedida por etapas preparatórias, compreendidas em conferências livres e conferências ordinárias municipais e/ou intermunicipais, estaduais e do Distrito Federal, sendo todas estas atividades realizadas até o final de 2013. O objetivo é garantir a participação da sociedade nas discussões pertinentes à melhoria da educação nacional. Nesses eventos, portanto, os espaços de discussão são abertos à colaboração de todos — profissionais da educação, gestores educacionais, estudantes, pais, entidades sindicais, científicas, movimentos sociais e conselhos de educação, entre outros.
Assim, por meio da CONAE de 2014, o Fórum Nacional de Educação (FNE) e o MEC buscam garantir espaço democrático de construção da qualidade social da Educação Pública.

EIXOS TEMÁTICOS:
 

Eixo I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: organização e regulação;
Eixo II: Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos;
Eixo III: Educação, trabalho e desenvolvimento sustentável: cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente;
Eixo IV – Qualidade da Educação: democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem;
Eixo V – Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social;
Eixo VI – Valorização dos Profissionais da Educação : formação, remuneração, carreira e condições de trabalho.
Eixo VII – Financiamento da Educação: gestão, transparência e controle social dos recursos.







DEBATE NA CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

Opinião: Educação inclusiva deveria ser pleonasmo

"A primeira postura educacional necessária é reconhecer a diversidade em uma Educação universal, proposta e pensada em igualdade para todos em uma mesma Educação", Silvana Matos Uhmann*

A Escola é o estabelecimento público ou privado no qual se gerencia, sistematicamente, o Ensino coletivo. Já em nossa Constituição, é expresso como fundamentos de nossa República o direito à igualdade, sobretudo à Educação, concedendo acesso e permanência de todos os estudantes na Escola.
Entretanto, parecemos não nos dar conta de que a Educação passa por dificuldades que necessitam de solução. Um exemplo disso é a própria Educação inclusiva, que se originou a partir da necessidade de respaldo à Educação de Alunos que por algum momento já vivenciaram (ou vivenciam) experiências de exclusão. Ou seja, a Educação como um todo não demonstra conseguir administrar o acesso e permanência de todos os Alunos dentro das Escolas, exigindo assim o surgimento e existência de “grupos” dentro de uma Educação que devia ser para todos.Fonte:
Tendo como base essas concepções, pode nos parecer retórico em âmbito educacional vivenciarmos uma Educação inclusiva, que por sua vez já deveria abarcar – concedendo acesso e permanência na Escola – todos os nossos estudantes. Nesse sentido, se voltarmos a pensar sobre a Constituição, leis e diretrizes que permeiam nosso meio educacional, percebemos uma lacuna no que diz respeito à Educação. Isto porque o direito à Educação (de qualidade) já foi conferido aos Alunos – uma Educação, que por si só e no sentido literal da palavra, inclua a todos os Alunos para aquisição dos conhecimentos científicos abordados pela instituição Escola.
Sendo assim, não haveria necessidade de uma Educação inclusiva (ou também Educação quilombola, Educação popular, Educação de jovens e adultos), pois todos teriam acesso a uma mesma Escolarização, independentemente de suas condições cognitivas, motoras, sensoriais, orgânicas, étnicas ou também aquisitivas. Devemos pensar que a Educação já é para todos, aqueles da cidade, do campo, Alunos deficientes, ou não. Todos dentro da Escola e buscando aprender juntos. Entretanto, parecemos ainda encontrar dificuldades em gerenciar essa Educação. Enquanto isso, vamos produzindo “grupos” e espaços dentro da Escola que acabam diferenciando o acesso a aquisição dos conhecimentos Escolares.
Em suma, ao buscar fazer relação com a figura de linguagem pleonasmo, Educação inclusiva poderia ser considerada retoricamente como “subir para cima”, “entrar para dentro” ou “adiar para depois”, já que pensamos aqui em uma Educação que já é, ou deve ser, inclusiva (sem a necessidade de ser denominada, ainda, “inclusiva”). Ao nos referirmos a uma Educação inclusiva, nos tornamos retóricos, uma vez que a Educação, por si só, deve ter esse mesmo papel. A primeira postura educacional necessária é reconhecer a diversidade em uma Educação universal, proposta e pensada em igualdade para todos em uma mesma Educação.
*Educadora especial pela Universidade Federal de Santa Maria, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unijuí

Zero Hora (RS)

terça-feira, 28 de maio de 2013

VALORIZAR O PROFESSOR: O QUE SE QUER DIZER COM ISSO?


Um olhar mais atento para as imagens do professor na mídia não deixa de captar uma flagrante contradição: de um lado, os docentes são retratados como heróis e, por outo, e com maior frequência, a mesma mídia denuncia como são negligentes os docentes. Embora pareçam estar em diferentes extremos, essas duas imagens carregam um traço em comum: negam ao professor sua condição de profissional, que deve ser tratado e valorizado como tal.















Um olhar mais atento para as imagens do professor na mídia não deixa de captar uma flagrante contradição: de um lado, os docentes são retratados como heróis, sofredores, vocacionados, vítimas, salvadores – histórias de professoras que conseguem inovar suas práticas e fazer seus alunos aprenderem, apesar de todas as dificuldades que enfrentam na estrutura escolar e em sua própria vida; por outro lado, e com maior frequência, a mesma mídia denuncia como são preguiçosos os docentes, negligentes, mal formados, desmotivados e acomodados – faltam ao trabalho, não querem ser avaliados, têm privilégios demais no serviço público.
No entanto, embora pareçam estar em diferentes extremos, essas duas imagens carregam um traço em comum: negam ao professor sua condição de profissional, que deve ser tratado e valorizado como tal. E, curiosamente, não são poucos os clamores na mídia pela urgente “valorização do professor” como solução para os gargalos educacionais – pelo contrário, este parece ser um consenso [2]. O problema é que essa expressão surge esvaziada de sentido e não traz ao debate elementos para discutir o que, de fato, significa valorizá-lo: trata-se, atualmente, de um discurso vazio.
Em nome da “urgente valorização dos professores”, articulistas e editorialistas acabam por reforçar velhas tendências observadas na imprensa, tais como a culpabilização dos profissionais da educação sobre o mau desempenho dos sistemas educacionais em avaliações externas e um certo clamor por abnegação e sacrifícios. Este trecho de editorial publicado após o anúncio de reformulação do currículo do ensino médio pelo Ministério da Educação – anúncio, por sua vez, motivado pelo baixo desempenho dessa etapa de ensino no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – é bastante ilustrativo desse comportamento: “de nada adianta formular parâmetros curriculares maravilhosos se não tivermos profissionais preparados para ministrá-lo […] Um bom educador passa por cima de currículos ruins, supera a falta de infraestrutura, enfrenta a indisciplina e abre oportunidades de vida melhor para seus discípulos. Por isso precisa ser reconhecido e valorizado, mas também acompanhado e cobrado” [3].
A forma mais comum que assume a retórica da valorização docente na mídia, hoje, tem a ver com a desvalorização econômica da profissão: as falas clamam principalmente por ganhos salariais e competitividade da carreira, que deve ser capaz de “atrair os melhores”. Mas, mesmo quando reconhece esta importante dimensão da carreira docente (uma remuneração justa), o discurso pela valorização não vem dissociado de uma contrapartida dos professores, seja pelo “compromisso com o aprendizado” ou pela adoção de mecanismos mais efetivos de avaliação e monitoramento de seu trabalho. Felizmente, podemos ver aí um avanço: o discurso de que o aumento do salário dos professores, por si, não gera melhoria na qualidade da educação parece ter perdido espaço no debate.
A retórica da valorização não só está distante da realidade da carreira, mas também se descola das políticas e ações que poderiam promovê-la. Como lembra Bernadete Gatti, “as ênfases valorativas da profissão de professor […] variam muito conforme a região do país, porém os discursos genéricos existentes sobre o valor do professor não redundaram em todos os estados e em todos os municípios em estatutos de carreira, e em salários, que reflitam a importância retórica a esse profissional atribuída” [4].As expectativas são altas, mas não se traduzem em ações concretas.
Ao alçar os professores à condição de heróis, as diferentes vozes do debate público – gestores, pesquisadores, pais e mães, estudantes e, cada vez mais, empresários – atribuem-lhe funções que extrapolam sua profissão. Ao culpá-lo pelos maus resultados dos sistemas de ensino, estas mesmas vozes deixam de cobrar do Estado sua responsabilidade em garantir-lhes condições de trabalho adequadas, formação inicial e continuada de qualidade, acesso a bens culturais, participação na formulação das políticas, planos de carreira estruturados, cumprimento da Lei do Piso Salarial. Nessa polifonia de vozes, falta o discurso dos próprios professores, silenciados e silenciosos diante do quadro de desvalorização.
Para superar essa contradição e escapar do jogo de vítimas e culpados, a sociedade precisa começar por qualificar o que entende por valorização dos professores e exigir que esta seja mais do que um exercício retórico. A Semana de Ação Mundial de 2013 promovida pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação chama a atenção para essa necessidade e propõe como mote da discussão o lema “Nem herói, nem culpado: professor tem de ser valorizado”. Em atividades por todo o país, a comunidade escolar e todos aqueles que lutam por uma educação de qualidade terão uma excelente oportunidade para encher de sentido esta palavra.

fonte: http://pnepravaler.org.br/

segunda-feira, 27 de maio de 2013

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO "SALA VERDE" É APRESENTADA POR NOSSO MANDATO



 
Requerimento à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para conhecimento e envio de projetos para atender ao edital 01/2013 na implementação do projeto “Sala Verde” na cidade.
O “Sala Verde” é um espaço dedicado ao desenvolvimento de atividades de caráter educacional voltadas à temática socioambiental e cultural, atividades
essas que visam contribuir e estimular a discussão crítica, a organização e o pacto social, o fortalecimento de identidades grupais, levando à formação de cidadãos mais informados, participativos e dedicados ao processo de construção de sociedades sustentáveis.
A Sala Verde deve se constituir em um centro de referência que, além de
disponibilizar publicações e materiais e democratizar o acesso à informação, se
estabelece como um espaço de encontro, reflexão e construção da ação socioambiental. É um espaço de educação ambiental de múltiplas potencialidades onde devem ser realizados cursos, programas de formação continuada, palestras, teatros, oficinas, eventos, encontros, reuniões, campanhas, exposições e mostras diversas.

IMPLEMENTAR O PROJETO "MAIS CULTURA NAS ESCOLAS" É APRESENTADO NA CÂMARA



Requerimento conjunto entre os vereadores Samuel Gazolla Lima e Vinícius Samour de Lacerda à Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Cultura, para desenvolverem o projeto “Mais Cultura nas Escolas”.
O projeto Mais Cultura nas Escolas é o resultado da parceria entre o MinC e MEC para promover o encontro de iniciativas culturais e escolas públicas de todo o Brasil, democratizar o acesso à cultura e ampliar o repertório cultural de estudantes, professores e comunidades escolares do ensino básico.
As atividades serão desenvolvidas dentro ou fora da escola por no mínimo 6  (seis) meses, valendo-se das mais diversas linguagens artísticas (música, teatro, audiovisual, literatura, circo, dança, contação de histórias, artes visuais, etc.) e manifestações da cultura (rádio, internet, jornal, culinária, mitologia, vestuário, mestre e saberes populares, etc.).
Em 2013 serão investidos R$ 100 milhões para financiar 5 (cinco) mil projetos. Cada um dos contemplados vai dispor de valores entre R$ 20 e R$ 22 mil reais. Os recursos financiam, entre outros itens, a contratação de serviços culturais necessários às atividades artísticas e pedagógicas. Os valores serão repassados diretamente às escolas via PDDE/ FNDE (Programa Dinheiro Direto na Escolas/ Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação).
A adesão será feita através do site http://simec.mec.gov.br/ .