Nosso mandato de vereador apresentou proposta para
elaborar e implementar um Plano Municipal de Arborização Urbana,
com a
finalidade de proporcionar um equilíbrio ambiental entre as áreas construídas e
o ambiente natural alterado, termos mais áreas verdes e assim desenvolvermos as
várias funções importantes da arborização urbana, tais como: higiênica,
paisagística, estética, plástica, de valorizar a qualidade de vida local,
propiciar sombra, purificar o ar, atrair aves, diminuir a poluição sonora,
constituir fator estético e paisagístico, diminuir o impacto das chuvas,
contribuir para o balanço hídrico, valorização econômica das propriedades ao
entorno, enfim, a arborização urbana é essencial a qualquer planejamento urbano
e tem funções importantíssimas que proporcionam a melhoria da qualidade de vida
da população com uma cidade mais verde e mais
sustentável.
JUSTIFICATIVA
A Arborização Urbana, também chamada de
Florestas Urbanas, inclui os diversos espaços no tecido urbano passíveis de
serem trabalhados com o elemento árvore, tais como: arborização de ruas, praça,
parque, jardim, canteiro central de ruas e avenidas e margens de corpos d’água.
Dentre estes, está a arborização de ruas, que inclui as árvores de propriedade
pública, plantadas nas calçadas ou canteiro central de avenidas. Esta é a
vegetação mais próxima da população urbana e que mais sofre com a falta de
planejamento dos órgãos públicos e a falta de conscientização ambiental da
população.
A arborização desempenha diversas
funções importantes nas cidades, relacionados a aspectos ecológicos, estéticos
e sociais. As árvores proporcionam sombra, amenizam a temperatura e aumentam a
umidade relativa do ar, melhoram a qualidade do ar e amenizam a poluição
sonora. Do ponto de vista estético, contribui através das qualidades plásticas
(cor, forma, textura) de cada parte visível de seus componentes; a vegetação
guarnece e emoldura ruas e avenidas, contribui para reduzir o efeito agressivo
das construções que dominam a paisagem urbana devido à sua capacidade de
integrar os vários componentes do sistema. E quanto ao aspecto psicológico,
contribui com relação à satisfação que o homem sente ao contato com a vegetação
e com o ambiente criado.
Muitos são os problemas, entretanto,
causados do conflito de árvores inadequadas com equipamentos urbanos, como
fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros, postes de
iluminação, etc. Frente a esta situação comum nas cidades brasileiras, soma-se
o fato da escassez de árvores ao longo das ruas e avenidas. Portanto, é
fundamental considerarmos a necessidade de um manejo constante e adequado
voltado especificamente para a arborização de ruas. Este manejo envolve etapas
concomitantes de plantio, condução das mudas, podas e remoções necessárias
(CAVALHEIRO; DEL PICCHIA, 1992). A solução para evitar os conflitos com as
estruturas urbanas e maximizar os benefícios da arborização está no
planejamento.
Segundo Biondi e Althaus (2005),
planejar a arborização de ruas, resumidamente, é escolher a árvore certa para o
lugar certo, a partir do uso de critérios técnicocientíficos para o
estabelecimento da arborização nos estágios de curto, médio e longo prazo. Este
planejamento deve ser realizado por meio de um Plano de Arborização Urbana, um
instrumento de caráter técnico, norteador das decisões sobre quaisquer aspectos
relacionados à arborização, aplicado as condições e características de cada município.
Os planos de arborização devem ser resultados da apreciação de elementos
físicos e ambientais, com a avaliação conjunta de fatores como: largura dos
passeios e canteiros; caracterização das vias; presença de fiação elétrica
aérea; recuo das construções; largura da pista; características do solo;
canalização subterrânea; orientação solar; atividades predominantes;
arborizações implantadas e existentes, para então eleger as espécies mais
adequadas (SANTOS; TEIXEIRA, 2001).
Por fim, ressalta-se que entre os
objetivos principais de um Plano
Municipal de Arborização Urbana estão: definir as diretrizes de
planejamento, implantação e manejo da Arborização Urbana no Município; promover
a arborização como um instrumento de desenvolvimento urbano e qualidade de
vida; implantar e manter a arborização urbana visando à melhoria da qualidade
de vida e o equilíbrio ambiental; e integrar e envolver a população, visando à
manutenção e a preservação da arborização urbana.
O Plano de Arborização Urbana deve levar
em conta as seguintes questões: o quê, como, onde e quando plantar. É preciso
considerar fatores básicos como: condições locais, espaço físico disponível e
características das espécies a utilizar. O projeto de arborização urbana deve
obedecer a determinadas normas, inclusive respeitando os valores culturais,
ambientais e memória da cidade. Deve proporcionar conforto para as moradias,
sombreamento, abrigo e alimento para avifauna, contribuir para a
biodiversidade, permitir a permeabilidade do solo, colaborar com a diminuição
dos índices de poluição e proporcionar melhora das condições do ambiente urbano
como um todo. (FONTE: Manual de Arborização Urbana).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Veja a notícia completa no blog e coloque sua opinião, crítica, sugestão, elogios, etc... ou seja, a palavra é sua cidadão... e desde já agradeço sua participação, obrigado! prof. Samuel Gazolla Lima