Liminar proíbe manifestações em BH durante a Copa das Confederações
Eficaz Comunicação/Divulgação
No último dia 5, os servidores da educação aprovaram paralisações nos dias dos jogos em BH
Uma liminar da Justiça proibiu manifestações públicas durante os jogos
da Copa das Confederações em Minas Gerais. A decisão do desembargador
Barros Levenhagen é resultado de uma ação movida pelo Governo do Estado
contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
(Sind-UTE/MG) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Estado de
Minas Gerais (Sindpol/MG).
Conforme a decisão, os sindicatos ficam proibidos de realizar as
manifestações programadas para este período em todo o território
estadual, especialmente nas vias de acesso ao Mineirão e em seu entorno.
Em caso de descumprimento da medida, as entidades estarão sujeitas ao
pagamento de multa diária no valor de R$ 500 mil.
A liminar estende ainda a proibição a "todo e qualquer manifestante que
porventura tente impedir o normal trânsito de pessoas e veículos, bem
assim o regular funcionamento dos serviços públicos estaduais,
apresentação de espetáculos e de demais eventos esportivos e
culturais".
Para fundamentar sua decisão, o desembargou citou trechos de leis,
entre eles o parágrafo 3 do artigo 6 da Lei 7.783/1989: "As
manifestaçóes e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão
impedir o acesso ao trabalho
nem causar ameaça ou dano ã propriedade ou pessoa". Além disso, o
magistrado acrescentou que a "interdição de vias urbanas ou frustraçãode
acesso a eventos já programados viola direitos individuais difusos e
coletivos da população da capital mineira".
Segundo o presidente do Sindpol, Denilson Martins, a atitude do governo
é inconstitucional e fere o direito de greve dos trabalhadores. "Essa é
a prática mais vil de todos os atentados antissindicais promovidos pelo
governo, mas não vamos deixar barato", garantiu. Segundo o
representante dos policiais civis, o departamento jurídico do sindicato
já está preparando um recurso de Agravo de Instrumento contra a liminar.
Além disso, o sindicalista informou que a Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e o Ministério Público
Estadual (MPE) já foram acionados. "Amanhã nós vamos levar essa decisão
do governo do Estado até à Comissão Interamericana de Direitos Humanos",
afirmou. Ainda conforme Denilson, se a Justiça Mineira não receber o
recurso dos trabalhadores, eles irão recorrer ao Conselho Nacional de
Justiça (CNJ).
A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a
presidente do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, que também é presidente da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas não obteve retorno.
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